Este projeto foi realizado com o apoio do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo.
ESSE SITE TEM APENAS 1 PÁGINA. Compartilhamos por aqui imagens, textos e sons que pouco a pouco deram corpo à criação da obra coreográfica AMA.
AMA estreiou em setembro de 2018 no SESC Pinheiros, com coreografia de Andreia Yonashiro, Bárbara Malavoglia e Marion Hesser. Nessa variação contou ainda com | colaboração artística: Júlia Rocha | colaboração artística, som e tecnologia : Sara Lana | desenho de som [cru]: Thiago Salas | desenho de som [cozido] e performance: Patrícia Bizzotto | artistas convidados : Fernanda Porto, Inaê Moreira, Joana Ferraz, Mainá Santana, Natália Mendonça | percussão: André Ricardo, Moustapha Dieg, Birima Mbaye, Aduni Guedes | desenho de luz: André Boll | operação de luz: Rossana Boccia | figurino: Valentina Soares | foto e vídeo: Mayra Azzi | projeto gráfico: Victoria Vic | produção: José Renato F. de Almeida, Cais Produção Cultural | assistência de produção: Guilherme Funari | assessoria de imprensa: Tânia Bernucci | concepção e direção: CERCO COREOGRÀFICO.
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(daqui até o fim são mais ou menos 8 meses de trabalho)
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https://brasil.elpais.com/brasil/2018/04/22/internacional/1524348805_920556.html
paleta-sonora, aqui você pode mover dentro dessa área, é uma outra página dentro dessa.
https://soundcloud.com/user-72086032/tracks
(trilha sonora composta pelo cerco para o ensaio aberto)
No fundo
A temperatura do corpo levemente mais
Quente que a temperatura do ar
A manhã
Sentir o tamanho pequeno de si
Depois dos tantos ciclos
Nos 35
Não relutar por ser pequeno
E não sofrer por ser pequeno
as minhas duas avós
Suas forças persistem em mim
Quando não presto atenção à nada
Essa é minha chance contra a história
Não quero me esquecer disso
Condensar sons é
Dobrar as memórias
O timbre da voz do meu avô
É dobradura do pássaro
Meu corpo sai de mim
O cheiro é a parte do meu corpo
Quando era criança tinha tanto medo do mar que era capaz de me lançar nele
Hoje balançar no barco
Estar na rebentação das pedras
Já é outra coisa
Gosto de andar no meio da multidão
Ver os detalhes dos pés
Gosto de sentir a noite passando enquanto meu filho dorme
Gosto de atravessar a rua, ver um lado e outro
Descobrir q nas minhas costas tem mais carros esperando eu passar
Gosto de ver os carros parados no sinal vermelho enquanto ando
De furar a janela
Gostaria de transmitir ao meu filho
A tranquilidade necessária
E a tempestade necessária
Passadas a mim pela minha avó portuguesa que queimava erva para Santa Barbara do oeste protegendo os navegantes nos meios dos oceanos completamente expostos a fúria do vento e da água
E guardava as tesouras nas gavetas
E cobria os espelhos
E da minha avó japonesa que na morte de um familiar juntava as mulheres na cozinha, varria o chão todas juntas rodeadas por pintinhos
Lembrança de um tal livro vermelho de Acumputura perdido algumas gerações atrás
Sinto que algumas coisas precisam continuar existindo em nós
Não gosto de pensar as vezes porque sinto que sublinho o mundo
Quieter than silence
Um homem a minha direita está fumando e passo por ele, cruzamos os olhares
Poucos passos depois
Um homem a minha esquerda está fumando e passo por ele, cruzamos os olhares
Alguns passos à frente ouço uma voz exclamando com firmeza, braveza e tristeza: você não me respeita! Você não me respeita!
Vejo as costas de um rapaz alto contrastando com a voz mais velha e cansada que grita
Cibele Forjaz e Clarissa Mor, que nos abriram as portas para criar AMA na casa livre, sede da
Cia. Livre de Teatro
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https://soundcloud.com/user-300083366-974501303/sets/ama
3 trilhas sonoras de AMA, por Patrícia Bizzotto
--- vídeos documentais
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/31/internacional/1527759451_177381.html
https://acervoclaudioulpiano.com/2018/07/03/o-corpo-o-acontecimento-min-tanaka-danca-em-la-borde/
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